>> domingo, 4 de julho de 2010

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>> domingo, 28 de fevereiro de 2010



APRESENTAÇÃO

A arte de narrar está cada vez mais em extinção. São cada vez mais raras as pessoas que sabem narrar devidamente. A narrativa oral sempre foi um dos principais instrumentos para a preservação da memória da humanidade. Em volta das fogueiras, ao pé do fogão a lenha, histórias eram contadas e, assim, perpetuadas e transmitidas de geração para geração.

Essa arte amplia o universo literário, desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação através da construção de imagens interiores. Narrar uma história será sempre um exercício de renovação da vida, um encontro com a possibilidade, com o imaginário e o desafio de, em todo o tempo e em todas as circunstâncias de construir um final a maneira de cada leitor/ouvinte. E essa é uma maneira aparentemente “descomprometida” de aplicar esses valores.

Com o advento da modernidade, a chegada da alta tecnologia e com a rapidez da informação, esse processo “artesanal” que nos permitia sentar para apreciar alguém contar uma boa história, ficou cada vez mais escasso.

Preocupados com esse tempo que se foi, e pensando em resgatar esse ato de contar uma boa história, é que criamos a “Companhia Artesanal de Contação de Histórias”.

A Companhia se propõe a estimular o prazer e o hábito pela leitura, por meio de apresentações em escolas, parques, bibliotecas públicas, livrarias, organizações do terceiro setor e empresas.

A CONTAÇÃO

“Durante a narração, o narrador dá movimento a sua vida e a do outro, lubrificando as engrenagens para a descoberta das fantasias e das portas dos sonhos, que conduzem ao aprendizado”.

A criança de hoje é completamente diferente da criança de ontem. As notícias e as informações que antes não eram acessíveis a elas, hoje, com a internet, é possível atingi-las com a mesma rapidez com que somos atingidos.

Um dos nossos objetivos é transformar o expectador passivo, num agente modificador tão importante quanto os elementos utilizados nas cenas a fim de que a contação das histórias aconteça. Sendo assim, criamos uma aproximação lúdica de quem nos ouve com as histórias contadas e refletimos as relações do homem com o mundo.

É daí que surge o nome “Cia. Artesanal de Contação de Histórias”, em que a base da nossa pesquisa é trabalhar com uma linguagem pautada na exploração de todas as potencialidades do nosso corpo e o que podemos inventar com ele a partir da criatividade e das técnicas adquiridas ao longo da nossa experiência.

Criamos uma atmosfera permissiva e rompemos a separação entre atores e platéia, ou seja, a quarta parede, aquela que separa os atores dos expectadores é rompida. Estabelecemos, assim, um jogo dramático pautado na troca de olhares, na sincronicidade dos fatos, no tempo e no ritmo da compreensão da criança que nos assiste.

A Companhia vai além de um espetáculo de teatro, porque apresenta uma coletânea de histórias que são criadas e recriadas, utilizando elementos cênicos que são reinventados a todo instante diante do expectador. Deste modo, resgatamos tradições e promovemos o reencontro do indivíduo com suas origens e com a natureza.

Damos a possibilidade ao expectador de participar criativamente e (se quiser) opinar no intervalo de cada história, exercitando assim o senso crítico e estético, despertando ainda mais o interesse da criança pelas histórias.

Isso não significa que o expectador tem o poder de mudar o curso das histórias, mas acrescentar detalhes, contribuir com idéias para que a história possa ser compreendida, visualizada e sonhada por todos. Dessa forma, a história não é somente nossa, mas de todos que estiverem ali assistindo.

COMO A “CIA. ARTESANAL” CONTA HISTÓRIAS?

Acreditamos que contar uma história deve começar pelo texto, passar pela performance de quem conta e talvez terminar nas sensações da platéia ao ouví-la.

Utilizando a técnica da manipulação de objetos, os dois atores-manipuladores, tornam possível e crível a visualização de personagens por meio do ato de manipular objetos inanimados.

Valendo-se da ação dramática, os atores-manipuladores, ora se tornam os próprios personagens que estão narrando, ora transformam objetos inanimados em personagens: uma colher de pau pode se transformar numa formiga, uma corda numa cobra, algo grande em um gigante.

OBJETIVOS

Gerais:
O amor pelos livros não é coisa que aparece de repente, é preciso ajudar a criança, o adolescente e até mesmo o adulto a descobrir o que eles podem lhe oferecer. Deste modo, pretendemos incentivar o prazer e o hábito da leitura e incitar o encantamento da narrativa oral.

Pretendemos resgatar a importância de se ouvir bons causos, para ativação da criatividade, do senso crítico e da formação de opiniões próprias.

Queremos fazer o receptor enxergar que um simples lenço pode se transformar em uma fada, uma vassoura num cavalo, uma caneca numa pedra, um fio de barbante comprido num velho e um menor, numa criança.

Suscitar o imaginário infantil, responder perguntas, encontrar e criar novas idéias, estimular o intelecto, descobrir o mundo imenso dos conflitos, das dificuldades, dos impasses, das soluções. É ouvindo histórias que se pode sentir emoções como: raiva, tristeza, irritação, pavor, alegria, medo, angustia, insegurança e viver profundamente tudo que as narrativas provocam e suscitam em quem as ouve ou as lê, com toda a significância e verdade que cada uma delas faz ou não brotar. Contar e ler histórias implica também em desenvolver todo o potencial crítico da criança, pois através da audição de histórias a criança é levada a pensar, questionar e duvidar, estimulando desta forma o seu senso crítico.
Com isso, entendemos que a oralidade da comunicação se coloca para além do texto escrito.

Específicos:
Escolas:

As escolas devem promover a formação de seus professores das séries iniciais possibilitando o contato com conceitos e técnicas de formação para contadores de histórias para capacitá-los para a percepção e uso dos valores do texto.

Nosso objetivo nas escolas é, oferecer às crianças e, principalmente, aos professores um leque de possibilidades “artesanais” para que consigam, somente através do ato de assistir, utilizar os nossos recursos, re-aproveitar as mesmas técnicas, os mesmos jogos, o nosso repertório de movimentos, enfim, aproveitar todos esses recursos que usamos ao longo da contação para, com muita criatividade, contar outras histórias.

Demonstrar não somente por meio da linguagem verbal, mas sim utilizando todos os elementos possíveis como: gestos, ações dramáticas, tons de voz, expressões faciais, diferentes formas de olhar, pausas, movimentos de suavidade e explosão e principalmente através da manipulação de objetos.

Em bibliotecas e museus:
Transformar a atividade de contação em uma diversão para o final de semana.

Em eventos temáticos, em lançamentos de livros infantis, ou até mesmo em uma tarde de autógrafos, presentear o público com um modo descontraído e divertido de ouvir causos.

SOBRE O REPERTÓRIO
Justificativa do conteúdo

Todas as nossas histórias se destacam pelo seu aspecto lúdico – essência do nosso trabalho.

Optamos por histórias que, semelhante as fábulas, possam ensinar de forma animada e divertida, conteúdos que vão além daquilo que está sendo contado ou mostrado. Nossas histórias levantam questões filosóficas presentes no universo da criança.
Acreditamos que ao apresentar à criança essas questões, aparentemente impossíveis de serem compreendidas por causa da pouca idade, estaremos indicando caminhos e clareando situações, afim de ajudar a organizar aquilo que parece estar bagunçado.

A Contação de Histórias tem duração de 50 minutos, e pode oscilar dependendo da interferência dos expectadores no jogo cênico.
A classificação é livre.
Para compreensão completa da contação, este espetáculo é indicado para crianças a partir de 3 anos.
O número de expectadores não é limitado. Mas esse trabalho é bem intimista, neste caso, o número de expectadores vai depender do local onde a contação vai acontecer, para que todos possam ter acesso visual e auditivo daquilo que está sendo contado.




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11 8347-1906

artesanalcia@gmail.com